"O Legado e a Trágica Despedida de Renato Russo: Reflexões sobre seu Último Mês de Vida e a Gravação de 'A Tempestade'"

Renato Russo com sua familia

No dia 11 de outubro de 1996, Renato Russo apresentava uma figura debilitada, quase esquelética. Com uma perda de peso significativa, chegando a 45 kg, o icônico músico passara o último mês de sua vida sobrevivendo praticamente à base de água de coco. Nesse período, expressava pensamentos como "mãe, eu não sou daqui".

Segundo relatos de Arthur Dapieve em seu livro "Renato Russo - O Trovador Solitário", Russo se referia a sua condição como uma "depressão química", um termo que, na verdade, camuflava os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados no combate aos avanços da AIDS, que progressivamente comprometiam sua saúde.

Renato Russo com sua familia

Dado Villa-Lobos, em sua autobiografia "Memórias de um Legionário", confirma a gravidade da situação de Renato: "O Renato percebia a gravidade de sua situação, e estava ansioso: 'Nós precisamos fazer o disco agora!', dizia ele a Marcelo Bonfá e a mim, nos meses finais daquele ano". O disco em questão era "A Tempestade", também conhecido como "A Tempestade ou O Livro dos Dias", lançado em 20 de setembro de 1996.

Carlos Marcelo, autor do livro "Renato Russo: o filho da revolução", descreve como a mãe de Renato recebeu a notícia: "Pouco depois das duas da manhã, já no dia 11 de outubro, o telefone toca no apartamento dos Manfredini na Asa Sul. A dona da casa atende. Do outro lado da linha, com voz calma, o marido lhe comunica: 'Carminha, o Júnior acabou de falecer'". A esposa, tomada pela fúria e lágrimas, exclama: 'você não podia ter feito isso comigo, Renato!' Ele se desculpa: 'Eu botei ele no mundo, eu tinha que estar nessa hora, queria estar junto dele e segurar a mão dele'. O marido silencia."

Mais sobre essas historias você fica sabendo nos livros a baixo: 

"Renato Russo - O Trovador Solitário"

"Memórias de um Legionário"

"Renato Russo: o filho da revolução"

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